O sindicato não deve ser trampolim para cargos no IFSP 

Fevereiro de 2023



Não é incomum que algumas pessoas utilizem a projeção política do cargo de coordenador sindical para alcançarem cargos na burocracia do instituto federal, como reitor, pró-reitor, diretor etc.

O caso mais recente foi do ex-reitor Modena que antes de seu primeiro mandato de reitor foi diretor do SINASEFE-SP. 

Não é porque um determinado candidato a reitor tenha sido coordenador do sindicato que ele fará uma gestão mais próxima das necessidades dos servidores. O cargo de reitor, mesmo sendo eleito, é um cargo burocrático do Estado submetido a inúmeras atribuições e regulamentações que o deixam preso às decisões superiores. 

A função do sindicato é lutar pela categoria e, frequentemente, a defesa dos servidores choca-se com as orientações políticas ou administrativas do governo ou demandas dos cargos no IF. 

Pessoas interessadas em cargos administrativos quando estão no sindicato, tendem a buscar alianças com diretores e reitores do que lutar pelo interesse da categoria. 

Além disso, o uso da máquina sindical como palanque para outros cargos é oportunista e um desvio dos objetivos do sindicato.  

O Estatuto do SINASEFE impede que servidores em cargos de direção ocupem a coordenação do SINASEFE, mas não há como impedir que candidatos à coordenação  almejem no futuro esses cargos.  

O sindicato tem que atender às demandas dos servidores. A  utilização de sua estrutura como plataforma para candidaturas no IFSP é um risco à independência do sindicato. 

Precisamos estar atentos.