Sinasefe perde sua sede histórica e desmoraliza-se
Agosto de 2022
Parece chegar ao fim a novela da sede. O prédio de quarenta anos de existência será cedido ao câmpus São Paulo.
A história começou logo após a posse do atual reitor Silmário. Que, supostamente após uma denúncia, questionou o fato do Sinasefe ocupar um espaço público.
Na época, o sindicato respondeu que realizava funções em prol da comunidade. Foi feita uma grande manifestação virtual no qual participaram políticos e dirigentes de outros sindicatos prestarem solidariedade.
A tática de luta não funcionou, se é que se pode chamar de tática de luta a simples conversa com políticos que tem como principal objetivo os votos para se reelegerem. O SINASEFE SP ainda tentou negociar a permanência na sede até que lhe fosse cedido um terreno na portaria C onde seria construída uma nova sede com dinheiro dos sindicalizados. Porém, foi notificado de um aviso de despejo num prazo de 15 dias.
A solução encontrada foi a transferência da sede para o prédio das guaritas na portaria C e a desocupação definitiva da sede histórica. O “prédio do bosque” já havia sido tomado pela reitoria.
O que se percebe aqui foi um completo equívoco político cometido pela atual coordenação do SINASEFE SP. O poder de um sindicato reside na mobilização de sua base. A luta pela sede só poderia sair vitoriosa se os servidores estivessem dispostos a ocupar a mesma e impedir o despejo.
Porém, a atual coordenação tem feito uma política próxima de suas bases. A maior demonstração disso é que mesmo após o retorno ao trabalho presencial, as assembleias gerais do SINASEFE SP continuam sendo virtuais. Quando são feitas presencialmente, como no câmpus São Paulo, ficam completamente vazias.
Um sindicato que não conta com o apoio de sua base é um sindicato desmoralizado e sem poder de reação.