Sobre a recomposição salarial
Fevereiro de 2023
Após a vitória eleitoral do presidente Lula, muita expectativa se formou diante da possibilidade de recomposição salarial. E, ao contrário dos últimos dois governos, foi criada uma mesa de negociação.
Mas a situação não é simples, a atual LOA (lei orçamentária) foi feita pelo governo anterior sem muita margem para reajuste.
Para negociar com o governo, precisamos de alguns parâmetros.
A recomposição não pode ser linear, pois as perdas não foram lineares. Houve categorias de servidores que tiveram alguma reposição recentemente. Por outro lado, outras como o PCCTAE já acumulam perdas de mais de 60%. Assim, defendemos que se priorizem as categorias que acumulam maiores perdas.
É preciso entender que a luta pela recomposição salarial não é contra o governo que se dispôs a negociar, mas contra a burguesia brasileira que fica com mais de 50% do PIB nacional. Assim, junto a palavra de ordem de recomposição salarial também devemos levantar outras como “fim do teto de gastos” e “contra a independência do banco central”
Não basta recompor os salários, também precisamos recompor o orçamento dos IFs, e voltar a investir em sua manutenção e crescimento, assim como ampliar os quadros de servidores que segue estagnado, enquanto o número de cursos e alunos cresceu.
Ressaltamos também que é hora de recuperar o dissidio e de reorganizar as carreiras nos IFs, com a proposta da carreira única para docentes e TAE's, com progressão e aumentos conjuntos.